Resenha: O Livro do Cemitério Vol.01


Autor: Neil Gaiman
Editora: Rocco
Número de Páginas: 192
Ano: 2017
Avaliação:  ☆☆☆
Sinopse: Bestseller do The New York Times e premiado com as medalhas Newberry (EUA) e Carnegie (Reino Unido), o romance O livro do cemitério, do cultuado escritor Neil Gaiman, ganha versão em quadrinhos adaptada por P. Craig Russell, parceiro de Gaiman em diversos livros, incluindo a versão em HQ de outro clássico do autor, Coraline. O livro é o primeiro de dois volumes que acompanham a trajetória de Ninguém Owens, ou Nin, um garoto como outro qualquer, exceto pelo fato de morar em um cemitério e ser criado por fantasmas. Cada capítulo nesta adaptação de Russell acompanha dois anos da vida do menino e é ilustrado por um artista diferente, apresentando uma variedade fascinante de estilos que dão ainda mais vida à atmosfera ao mesmo tempo afetuosa e sombria da história.

Em uma noite sombria um homem chamado Jack assassinou toda uma família com a exceção do bebê. A criança já havia aprendido a andar e ao ser acordado com o barulho do que estava acontecendo, saiu pela porta da frente que estava aberta e acabou indo parar no cemitério. Isso deixou o assassino frustrado, ele tentou procurar pela criança, mas acabou sendo surpreendido por forças além de sua compreensão e não conseguiu achá-lo. 
A criança foi encontrada pelo Sr. e Sra. Owens, um casal de almas que vagava pelo cemitério.

Os Owens acabam adotando a criança e com o auxílio de Silas, o zelador do cemitério, eles começam a criar o humano da melhor forma possível. Ninguém Owens (ou Nin) tem a proteção do cemitério, o que lhe dá o direito de vagar por determinadas partes do local e manter-se protegido de quem quiser lhe fazer mal. Mas, a partir do momento em que ele sair dali, o cemitério não o protegerá mais, ele estará por sua própria conta e risco.

Nin tem aulas sobre todo o tipo de coisas ocultas em que ele não é muito bom, visto que o mesmo é humano, mas vemos que ele se esforça ao máximo para fazer as coisas.
Por dez anos o garoto se mantém seguro dentro do cemitério, mas algumas coisas começam a acontecer e talvez a segurança dele esteja comprometida. 

Nesse mundo que mistura fantasia e realidade acompanhamos uma trama muito bem ilustrada por diversas pessoas. A história é repleta de magia, todo o tipo de criaturas sobrenaturais e ainda temos que desvendar o mistério de Jack, afinal, por que ele assassinou toda a família de Nin?
Nin ainda é uma criança, o que quer dizer que ele vai cometer muitos erros em sua jornada - o que me deixou extremamente irritada em alguns momentos.

Não foi uma leitura perfeita, mas também não foi uma leitura ruim; foi algo bom na medida do possível. Eu pretendo ler a continuação, pois fiquei muito curiosa com o final.
Futuramente pretendo ler a versão sem ilustrações e quem sabe eu me encante mais com o universo criado por Neil, mas no momento eu fiquei levemente decepcionada com a história. Li muitas opiniões positivas, mas não consegui ver nada de tão encantador.
Achei a trama bastante fraca e sem sentido em diversas partes, mas estou dando um desconto, pois trata-se do primeiro volume e ainda tem muitas coisas que precisam de respostas.

“Estava ali, no ar claro de inverno, nas estrelas, no vento, na escuridão. Estava presente nos ritmos das noites longas e dos dias fugazes”.

2 comments

  1. Puxa, dá uma agonia no começo da resenha ao ler sobre a criança saindo sorrateira de um assassinato desta maneira e indo parar no lugar mais improvável do mundo.
    Como ainda não tinha lido ou ouvido nada a respeito da obra, confesso que fiquei curiosa e se tiver oportunidade, quero sim, poder conferir!!!
    Beijo

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  2. Olá! Estou amando ver cada vez mais adaptações de histórias em HQ, é tão atrativo. Confesso que um cemitério é um cenário para lá de mórbido e assustador, já dá um certo medinho, uma pena a leitura não ter funcionado para você, já estou na torcida que o próximo seja bem melhor, afinal fica sempre aquela curiosidade em saber o que aconteceu a família e quais perigos ainda rodam nosso tão jovem protagonista.

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