Resenha: Amante Sombrio - Irmandade da Adaga Negra


Autora: J.R. Ward

Editora: Universo dos Livros 

Número de Páginas: 472

Ano: 2017

Avaliação:  ☆☆☆☆ (4.5)

Sinopse: Em Caldwell, Nova York, sem que o restante da humanidade saiba, desenrola-se uma sórdida e cruel guerra entre vampiros e seus caçadores. Interagindo em favor dos vampiros existe uma Irmandade secreta, formada pelos seis vampiros mais fortes e poderosos, defensores de sua raça. E nenhum deles deseja a aniquilação de seus inimigos mais que Wrath, o líder da Irmandade da Adaga Negra. Ele é o vampiro de raça mais pura e, ao perder um de seus mais fiéis guerreiros, que deixou órfã uma jovem mestiça (filha de pai vampiro e mãe humana) ignorante de sua herança e destino, não terá outra saída senão cuidar da bela garota e levá-la para o mundo dos não mortos.
Ela, Beth Randall, vê-se impotente ao tentar resistir aos avanços desse desconhecido incrivelmente atraente e sensual e que a visita durante a noite, envolto em sombras. As histórias dele sobre a Irmandade e o mundo dos vampiros a aterrorizam e fascinam. Seu simples toque faísca, um fogo que pode acabar consumindo ambos.

Nessa série vampiresca conheceremos a Irmandade da Adaga Negra, seis vampiros responsáveis por proteger sua raça de seus inimigos. Existem humanos sem almas (os redutores) que tem como objetivo caçar e destruir os vampiros.
Em cada livro conheceremos a história de um vampiro e iremos acompanhar a luta pela sobrevivência da raça vampira, seus costumes, sua religião, etc. 

Nesse primeiro livro conheceremos Wrath, ele é o líder da irmandade, um vampiro de sangue puro, o rei dos vampiros. Apesar de seus traumas ele tenta fazer o que for necessário para manter sua raça viva, mas constantemente ele se puni por acontecimentos do passado. Alguns traumas são mais difíceis de lidar do que outros, por isso Wrath acaba sofrendo em silêncio e deixando com que algumas das suas responsabilidades fiquem de lado, afinal, quem iria querer que ele liderasse? Ele não é digno de ser o rei dos vampiros.

Enquanto foge de sua responsabilidade, um dos irmãos da irmandade lhe pede um favor, um favor esse que ele não deseja cumprir, mas devido as circunstâncias ele se vê obrigado a ajudar a filha mestiça de seu amigo a passar pela transição/transformação em vampira.
Beth é a filha mestiça de um dos membros da irmandade, ela está chegando a idade de se transformar em vampira e talvez não consiga passar pela transformação, mas Wrath tem o sangue puro, se alguém conseguirá fazer com que ela fique viva, esse alguém é ele.

Wrath terá que ensinar Beth sobre sua nova vida, terá que lidar com sentimentos que ele pensou que nunca iriam existir para ele, e o pior de tudo, terá de parar de se culpar por coisas do passado. A história dos dois vai crescendo enquanto toda uma trama secundária vai se desenvolvendo ao redor. 
Prostitutas estão sendo assassinadas e a policia está atrás de quem está fazendo isso, será um dos membros da irmandade? Os redutores estão recrutando novos membros e estão cada vez mais perto de matar membros da irmandade, eles desejam deixar os vampiros sem defesa alguma para que sejam exterminados. 

Esse universo é bastante diferente do que estou acostumada, os vampiros não criam os outros através da mordida, na verdade as vampiras ou humanas podem engravidar de tempos em tempos, mas passar pelo processo da gravidez pode ser fatal. Os vampiros também não se alimentam de humanos, eles usam outro vampiro para isso. No caso de Beth, caso ela passe pela transição terá de arrumar um macho para alimentá-la (eles precisam de sangue do sexo oposto para se manter vivos/saudáveis).

Gostei do universo criado pela autora; todos os vampiros foram criados por uma entidade conhecida como Virgem Escriba e ela chega a aparecer no livro, a mitologia proposta pela autora é muito interessante, mas em alguns momentos a execução da trama não é tão boa quanto eu gostaria.
Os vampiros são muito controladores e as vezes chega a ser chato algumas situações que poderiam ter sido resolvidas com uma conversa de dois minutos, tudo acaba sendo transformado em uma drama gigantesco e desnecessário. 

Existem muitas cenas de luta, cenas de sexo e muito drama, pensem em vampiros dramáticos que tentam mostrar que são durões. Apesar disso, a trama é bastante interessante e confesso que não me senti muito envolvida com o romance de Wrath e Beth como eu desejava. Em um momento ele é um grande idiota dramático, e em outro faz qualquer coisa que a mulher queira, depois fica bufando e surtando pelos cantos. 
Beth cresceu em lares adotivos, sempre sentiu que nunca pertencia de verdade a qualquer lugar que fosse, depois que ela conhece Wrath e descobre o que ela é de verdade, ela sente que finalmente está em casa. 

A autora vai ter um longo trabalho pela frente em ampliar e enriquecer esse universo de vampiros, muito personagens interessantes para abordar e muitas situações que estou curiosa para saber como irão se desenrolar.
Os capítulos são divididos entre os vampiros e em alguns momentos acompanhamos a história pelo ponto de vista dos redutores, confesso que a parte dos redutores acho extremamente chata, eles parecem robôs. Por mim poderia cortar algumas cenas em que os redutores estão conversando que não faria muita diferença. 

No mais acho que a autora precisa trabalhar um pouco mais na trama, pois deixa um pouco a desejar, são muitas informações acontecendo ao mesmo tempo, então trabalhar um pouco na profundidade dos personagens irá melhorar a história. 

2 comments

  1. Oi Alice,
    Quem ama IAN aqui em casa é minha mãe, o preferido dela até o momento é o 3.
    Confesso que eu fui com tanta "sede ao pote" que acabei me decepcionando um pouco com esse primeiro volume, quero dar mais uma chance porque parece uma série unânime, mas não funcionou tanto comigo...
    beijos
    http://estante-da-ale.blogspot.com/

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  2. Tenho uma amiga que ama essa série, e é longa, né? Há uns anos li este e não curti, desisti. Mas essas coisas são questão também de momento. Beijo, Leitora Viciada

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