Resenha: O Senhor das Moscas

 

Autor: William Golding 

Editora: Alfaguara 

Número de Páginas: 2016

Ano: 2021

Avaliação:  ☆☆☆☆

Sinopse: Senhor das moscas é um dos romances essenciais da literatura mundial. Adaptado duas vezes para o cinema e traduzido para 35 idiomas, o clássico de William Golding já foi visto como uma alegoria, uma parábola, um tratado político e até mesmo uma visão do apocalipse.
Durante a Segunda Guerra Mundial, um avião cai numa ilha deserta e os únicos sobreviventes são um grupo de meninos. Liderados por Ralph, eles procuram se organizar enquanto esperam um possível resgate. Mas aos poucos esses garotos aparentemente inocentes transformam a ilha numa visceral disputa pelo poder, e sua selvageria rasga a fina superfície da civilidade.
Ao narrar essa história sobre meninos perdidos numa ilha, aos poucos se deixando levar pela barbárie, Golding constrói uma reflexão sobre o limite entre o poder e a violência desmedida. Senhor das moscas mantém o mesmo impacto desde seu lançamento: um clássico moderno que retrata de maneira inigualável as áreas de sombra e escuridão da essência do ser humano.

Durante a segunda guerra mundial um avião caiu em uma ilha deserta e entre os sobreviventes não há nenhum adulto. Agora o grupo de meninos precisará criar suas próprias regras de convivência se quiserem sobreviver, mas isso não será uma tarefa fácil!
As crianças chegam a conclusão que precisam de um líder para sobreviver em meio ao caos, mas o que Ralph determina como prioridade para o resgaste não é bem aceito por Jack, na verdade Jack nem concorda com a liderança de Ralph, já que no começo de tudo ele mesmo autodeclarou-se líder antes mesmo de acontecer uma eleição e escolherem Ralph para o cargo. 

Jack acaba usando de meios violentos e muita persuasão para criar um novo grupo, um grupo focado na caça e todas as brigas por poder dentro da ilha são regadas de violência, o que deixa o grupo de Ralph em extrema desvantagem. 
A obra acaba gerando algum desconforto, pois o leitor observa o pior lado do ser humano, o lado que faria qualquer coisa para estar no poder. 

No começo da leitura vemos os garotos felizes com "a liberdade" que possuem, mas com o passar do tempo quando a selvageria começa a aflorar, a liberdade não parece tão atrativa assim, regras precisam existir e precisam ser seguidas, caso contrário o caos dominará.
A obra trás diversas reflexões sobre como a democracia é importante e como os meios democráticos são necessários nas situações. Faz também um paralelo interessante sobre democracia e totalitarismo, realmente uma leitura muito boa, mas densa em muitos momentos.

Em meio a analogias e alegorias O Senhor das Moscas vem trazendo um livro muito atual, levando em conta que foi escrito há mais de 50 anos atrás. Gostei da trama na medida do possível e de toda a margem de interpretação que a leitura proporciona ao leitor, mas confesso que não foi uma leitura fácil.
A editora relançou esse livro com uma nova capa e foi o que me chamou atenção para ler a sinopse e ficar interessada na leitura. No mais não tenho nada para citar sobre a edição física, o trabalho está maravilhoso e não encontrei erros enquanto lia.


1 comment

  1. Mesmo acreditando que seja um clássico que todos deveriam ler, penso que o livro não agradaria a muitos leitores, tanto que já li que muitos acabam desistindo no meio do livro.
    Eu li esse senhor livro há muito tempo e admito que estou namorando essa nova roupagem dele, até por não ter um exemplar na estante!!!
    Beijo

    Angela Cunha/O Vazio na flor

    ResponderExcluir