Resenha: Azul é a Cor Mais Quente


Autora: Julie Maroh
Editora: Martins Fontes
Número de páginas: 160
Ano: 2013
Avaliação☆☆☆☆☆
Sinopse: Clementine é uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Através de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer.
Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, “Azul é a Cor Mais Quente” surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros.

Quando eu abri esse livo não imaginava que seria completamente ilustrado (eu estava curiosa em ler depois de ver o filme que nem pesquisei nada) e isso já me fez ficar apaixonada!

Nessa história conhecemos Clementine, uma jovem adolescente que acaba descobrindo o amor ao conhecer Emma, mas infelizmente nada na vida é fácil. 
Ao ver por acaso Emma na rua, Clementine começa a ter vários sonhos com a garota e eles são bem íntimos, o que faz com que a jovem fique confusa e achando que tem algo de muito errado com ela.
Com tudo isso acontecendo, ela tenta namorar um menino e seguir a vida como uma garota "normal" deve fazer.


Porém essa história é contada através dos diários da Clementine, pois a Emma está na casa dos pais da garota lendo as memórias que ela registrou naquelas páginas. E nisso o leitor acaba vendo toda a história do ponto de vista da Clementine, sentindo seus medos e paixões mais secretas.

O HQ fala da dificuldade de Clementine em aceitar sua própria sexualidade, de tentar fazer o que é certo porque afinal Emma tem uma namorada (Sabine) e tudo isso vai acontecendo em um cenário onde é muito complicado saber viver expondo abertamente sua sexualidade.
Agora… nós estamos muito próximas. Eu sinto uma ambiguidade, às vezes opressora… e espero… prendendo a minha respiração junto com a dela.
No momento seguinte, sou tomada pela vergonha, eu me odeio e me sufoco com essa bola de fogo que só pede para sair do meu ventre.

O HQ é bem diferente do filme em alguns aspectos, mas mesmo assim nenhum dos dois deixa de transmitir o amor, as dificuldades e acima de tudo a emoção que você pode sentir ao ler/ver essa linda e difícil história de amor.
Infelizmente no filme o final fica com uma ponta solta, por assim dizer, mas no HQ temos um final concreto, apesar de ser algo um pouco triste.

O amor se inflama, morre, se quebra, nos destroça, se reanima… nos reanima. O amor talvez não seja eterno, mas a nós ele torna eternos…
Para além da nossa morte, o amor que nós despertamos continua a seguir o seu caminho.

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