Resenha: Férias


Autora: Marian Keyes
Editora: Bestbolso
Número de páginas: 545
Ano: 2010
Avaliação☆☆☆
Sinopse: Rachel Walsh tem 27 anos e a grande mágoa de calçar 40. Ela namora Luke Costello, um homem que usa calças de couro justas. E é amiga - pode-se mesmo dizer muy amiga - de drogas. Até que a sua vida vai para o Claustro - a versão irlandesa da Clínica Betty Ford. Ela fica uma fera. Afinal, não é magra o bastante para ser uma toxicômana, certo? Mas, olhando para o lado positivo das coisas, esses centros de reabilitação são cheios de banheiras de hidromassagem, academia e artistas semifissurados (ao menos ela assim ouviu dizer). De mais a mais, bem que já está mesmo na hora de tirar umas feriazinhas. Rachel encontra mais homens de meia-idade usando suéteres marrons e sessões de terapia em grupo do que poderia supor a sua vã filosofia. E o pior é que parecem esperar que ela entre no esquema! Mas quem quer abrir as janelas da alma, quando a vista está longe de ser espetacular? Cheia de dor-de-cotovelo (o nome do cotovelo é Luke), ela busca salvação em Chris, um Homem com um Passado. Um homem que pode dar mais trabalho do que vale... Rachel é levada da dependência química para o terreno desconhecido da maturidade, passando por uma ou duas histórias de amor, neste romance que é, a um tempo, comovente, forte e muito, muito engraçado.

Nossa história começa quando Rachel tem sua vida virada do avesso por seu namorado e sua amiga, que estão preocupados a ponto de ligar para que os parentes dela possam intervir na situação.
Ninguém gosta de admitir que tem um problema e Rachel não vai ser a primeira pessoa que vai gritar a plenos pulmões que é uma toxicômana (pessoa que usa entorpecentes de forma habitual e excessiva). 

Então a jovem se vê entrando em um pesadelo, pois além de voltar para morar na Irlanda a fim de receber um tratamento, ela terá de encarar as consequências que isso tratá para a sua vida. Como se não bastasse toda essa situação, Rachel não se dá muito bem com sua mãe que sempre reclamou sobre coisas relacionadas a ela e essa viagem pode acabar reabrindo feridas antigas.

Tentando ver o lado positivo da situação Rachel acaba aceitando ir para um centro de reabilitação que ela pensa ter um spar, hidromassagem, academia e diversos artistas. Com esse pensamento ela acaba aceitando ficar internada por um período de tempo mínimo, mas só que para a sua surpresa não é bem isso que encontra no local. Ao tentar desfazer sua decisão ela acaba ficando em uma situação difícil, afinal ela assinou um contrato onde confirma que irá permanecer por um tempo no centro e não pode voltar atrás com essa decisão.

O livro e cheio de fases onde a personagem principal vai encarando sua vida mais de perto, observando as ações que tomava e coisas ruins que aconteceram depois disso. 
Vemos um amadurecimento em Rachel, mas ao mesmo tempo foi um livro bem cansativo para mim! Achei que a mãe dela poderia melhorar mais (sinceramente? passei quase todo o livro achando que a mulher tinha inveja da própria filha) e ser mais "mãe" por assim dizer, ao invés de criticar e desmotivar tudo que para ela poderia ser algo ruim, mas para a filha era apenas um detalhe qualquer. A mulher colocou tanto suas frustrações na filha que eu acho que isso acabou moldando o caráter da Rachel.

As vezes o ser humano complica demais as coisas e não aceita que tem problemas que precisam de ajuda para serem tratados. Isso me fez perceber diversas coisas e aprendi muito com as sessões de terapia que o grupo enfrentava no centro.
Apesar da premissa do livro ele ainda é um chick-lit e podemos ter várias cenas engraçadas que aliviam a tensão das partes onde a personagem precisa encarar seu problema com entorpecentes.

O livro foi bom na minha humilde opinião, mas não foi um dos melhores que eu li esse ano. Espero ter a oportunidade de ler outros livros da autora que estão empacados aqui na minha estante, para ver se consigo encarar de frente o seu estilo de escrita.

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