Resenha: Invisível


Autora: Tarryn Fisher
Editora: Faro Editorial
Número de Páginas: 256
Ano: 2020
Avaliação:  ☆☆☆☆
Sinopse: Margô mora em uma casa caindo aos pedaços, num bairro abandonado, com sua mãe que a ignora há dois anos. Ela se sente invisível, até que a amizade com Judah, seu vizinho cadeirante, muda suas perspectivas e a desperta. Quando uma criança de sete anos desaparece em seu bairro, Margô resolve investigar o caso com a ajuda de Judah e o que ela descobre a transforma por completo.
Agora, determinada a encontrar o mal, caçar todos os molestadores de crianças, torna-se a razão de sua vida. Com o risco de perder tudo, inclusive sua própria alma, Margô embarca num caminho sem volta... E o que isso diz a ela sobre si mesma? Por que decidiu fazer justiça? O que a tornou tão invisível?

Margô cresceu em um ambiente nada amoroso, mora em uma casa caindo aos pedaços em um bairro abandonado. Margô nunca soube o que era amor e generosidade ao longo dos anos, ela cresceu naquela casa e tem uma necessidade enorme de ser invisível, de passar despercebida, ainda mais porque a mãe trabalha atendendo os homens locais.
Devido ao relacionamento conturbado com a mãe, Margô desenvolveu baixa autoestima e não tem nenhuma perspectiva para o futuro. 

Em um momento de sua vida Margô acaba conhecendo seu vizinho Judah e isso dá um novo sentindo para sua existência, pois ele é cativante, alegre e mesmo com tantos contratempos é um ser humano maravilhoso! Essa amizade vai crescendo e dando forças para Margô durante a história.
Certo dia uma garotinha do bairro acaba desaparecendo e essa situação vai fervendo dentro de Margô, até que a criança acaba aparecendo ... 
A jovem decide que irá fazer justiça com as próprias mãos, mas caçar molestadores não é uma tarefa fácil, as coisas começam a ficar complicadas em sua vida a ponto dela colocar muitas coisas em risco, inclusive sua alma.

No decorrer da leitura a situação familiar de Margô dá uma reviravolta e muitas coisas acabam mudando. Margô é uma anti-heroína que deseja se vingar de todas as mães terríveis do mundo.
A história é densa, cheia de violência e mostra uma realidade bastante pesada. As reviravoltas e as ações de Margô em alguns momentos podem deixar o leitor perturbado, e apesar de todo o peso que essa história tem eu não consegui entender a Margô em vários momentos.
Muitas ações da protagonista são confusas e isso me frustou em diversas situações durante a leitura. Ler um livro da Tarryn geralmente gera uma montanha russa de sentimentos devido ao modo como ela escreve, por isso as ações que me incomodaram em Margô, não incomodaram outras pessoas; ou seja, o que eu não gostei, pode ser algo que você vá gostar.

Será que suas atitudes são "certas"? O que você vivenciou no passado te define? Durante esse livro iremos refletir sobre essas questões e com um final que na minha opinião deixou um pouco a desejar, colocamos um "fim" a história de Margô.
Creio que se a personagem principal não tivesse atitudes tão confusas, o livro teria sido muito melhor.

No mais não tenho nada a reclamar da edição física do livro, o mesmo encontra-se com uma diagramação simples e sem qualquer defeito 💛
Esse infelizmente não é um dos melhores livros da autora, mas também não é um dos piores. 

“As pessoas fazem coisas ruins no escuro, sob o olhar vazio da lua. Ela está sorrindo para mim agora, orgulhosa do meu pecado. Eu não tenho orgulho. Eu não sou nada. Olho por olho, digo para mim mesma. Surra por surra.”⁣

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