Resenha: Sete Mentiras

 

Autora: Elizabeth Kay

Editora: Suma

Número de Páginas: 272

Ano: 2021

Avaliação: ☆☆

Sinopse: Intrigante, sofisticado e sedutor, Sete Mentiras é um thriller hipnotizante sobre a complicada e tóxica amizade entre duas mulheres, sobre a obsessão em suas entrelinhas e sobre os sacrifícios que estamos dispostos a fazer por amor.
Desde crianças, Jane e Marnie são inseparáveis. As duas têm muito em comum. Aos vinte e poucos anos, ambas se apaixonam e se casam com homens jovens e bonitos. Só que Jane nunca gostou do marido de Marnie. Ele é tão arrogante, tão exibicionista, age como se chamar atenção fosse seu objetivo de vida.
O que é bem irônico… agora que ele está morto.
Se Jane tivesse sido sincera desde o início, se não tivesse mentido, talvez o marido de sua melhor amiga ainda estivesse vivo. Esta é a chance de Jane contar o que de fato aconteceu. Mas a pergunta é: será mesmo a verdade?

Jane e Marnie são amigas inseparáveis desde a infância e elas continuam amigas mesmo depois de adultas. Mas, existe um pequeno problema: Jane acha que Marnie não deveria ter se casado, o marido dela é arrogante e isso faz com que Jane o odeie intensamente. É devido a esse ódio que algo começa entre as duas, as mentiras.

Começamos o livro com Charles morto, e Jane começa a narrar ao leitor tudo que se passou até chegar nesse momento. Com narração em primeira pessoa, vamos descobrindo as sete mentiras que Jane contou a sua amiga.
Jane é uma personagem obcecada pela amiga e muito egoísta, ela tem uma fixação enorme em Marnie, chega a ser completamente possessiva. Inclusive Jane não teve uma vida nada fácil, o casamento dos pais acabou, o pai saiu de casa, a mãe possuí demência e a irmã uma doença terminal), seu único apoio era a sua amiga Marnie, mas isso com certeza acabou passando dos limites pelo modo como Jane age com qualquer coisa em relação a amiga. 

Marnie já é uma adulta agora e apesar dos problemas familiares (pais e irmão ausentes quando ela era criança) Marnie deseja muito ter uma família - mesmo que o seu marido não seja o ideal que toda mulher deseja. Ela tem outras prioridades no momento e aos poucos com a narração de Jane da história, percebemos que em alguns momentos a amizade parece ser unilateral, como se Jane estivesse fantasiando toda essa relação perfeita e maravilhosa em sua mente. Mesmo que Marnie considere Jane sua amiga, as coisas não são tão intensas como Jane demonstra. 

Jane não mede esforços para conseguir o que quer e apesar de achar que tem uma amizade perfeita, na verdade trata-se de uma amizade completamente destrutiva. Marnie entende alguns momentos de Jane, mas a história começa a escalonar em um nível doentio.
Confesso que pelo gênero do livro eu imaginava que a história fosse mais envolvente/eletrizante, mas vemos apenas uma amizade doentia e uma pessoa que precisa urgente de tratamento psicológico. 

Algumas coisas me incomodaram, como por exemplo a reviravolta que acontece mais ou menos no meio da história, depois disso a autora não soube manter o ritmo da leitura.
Inclusive gosto de personagens problemáticos e adoro acompanhar seu desenvolvimento (quando bem escrito), mas a autora não soube executar muito bem a ideia do livro e o tiro saiu pela culatra. Houveram também algumas tramas sendo iniciadas, mas não finalizadas, como por exemplo a investigação. 
Para Jane o amor romântico atrapalhou a amizade perfeita que ela e Marnie possuem, pena que a ideia mal executada da autora atrapalhou a trama, pois seria interessante ler.

Sete mentiras não cumpre o que promete, as mentiras nem sequer são interessantes. Realmente uma pena, pois estava muito empolgada para ler o livro. 
Por ter poucas páginas eu imaginava que leria rápido, mas devido aos acontecimentos, passei alguns dias me revirando enquanto me arrastava pela leitura. 
No mais, não encontrei erros enquanto lia o livro, gostei muito da capa. E como sempre digo: eu posso não ter gostado da leitura, mas você pode gostar!

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