Resenha: A Longa Marcha - Os Livros de Bachman



 

Autor: Stephen King

Editora: Suma

Número de Páginas: 288

Ano: 2023

Avaliação:  ☆☆☆| 3.5

Sinopse: Contrariando a vontade da mãe, o jovem Ray Garraty está prestes a participar da famosa prova de resistência conhecida como A Longa Marcha, que presenteia o vencedor com “O Prêmio” ― qualquer coisa que ele desejar, pelo resto da vida.
No percurso anual que reúne milhares de espectadores, cem garotos devem caminhar por rodovias e estradas dos Estados Unidos acima de uma velocidade mínima estabelecida. Para se manter na disputa, eles não podem diminuir o ritmo nem parar. Cada infração às regras do jogo lhes confere uma advertência. Ao acumular mais de três penalidades, o competidor é eliminado ― de forma “permanente”. E não há linha de chegada: o último a continuar de pé vence.

Ray Garraty está prestes a participar da famosa prova de resistência chamada A Longa Marcha, 100 competidores são escolhidos e apenas um deles será o vencedor. O evento acontece uma vez por ano e reúne milhares de expectadores ao longo do percurso, o caminho passa por diversas cidades e não importa se está chovendo granizo ou fazendo um sol de matar, o competidor não pode parar de caminhar e o último que restar vivo ganha o que ele quiser pelo resto de sua vida. 

O personagem que iremos acompanhar é Ray, ele é o competidor 47 e contrariando a vontade da mãe, Ray decidi ir mesmo assim (ele poderia desistir se quisesse), mas existe algo tentador em participar dessa caminhada.
Existem diversas dificuldades ao longo do caminho, como fome e cansaço, caso você diminua o ritmo recebe uma advertência, ao chegar ao limite das advertências você recebe o bilhete de saída que nada mais é do que ser executado a tiros de fuzil. Mas, vale lembrar que suas advertências podem zerar sob determinadas condições. 

A maioria dos competidores nem sabe ao certo porque está competido e ao passar as páginas vamos vendo todo o lado psicológico dos competidores sendo mostrando e aos poucos ir desmoronando a medida que eles vão caminhando. Alguns começam a surtar, ficar agressivos e até mesmo se arrependem de ter entrado na competição; vemos o pior lado do ser humano ao ser colocado em situações extremas, chega a ser humilhante algumas situações e despertam diversos sentimentos no leitor.
A medida que você vai lendo sente o desespero dos personagens, é uma leitura bem tensa e envolvente na medida do possível. Vale lembrar que o livro foi escrito em 79, por isso algumas coisas podem gerar desconforto visto que estamos em uma época que os personagens do King era bem misóginos. 

No mais foi uma leitura muito fluída, o mundo distópico é bem interessante, mas é pouco descrito e isso me deixou muito curiosa do começo ao fim. É uma história muito reflexiva e vemos o quanto as pessoas ficam empolgadas ao ver o sofrimento/degradação dos outros.
Foi um livro que eu gostei muito de ler, mas como citei: ele foi escrito faz algum tempo e algumas coisas incomodam um pouco. 

Eu gostei demais da capa e a diagramação como um todo está de parabéns, a tradução ficou maravilhosa e o final com certeza acerta o leitor em cheio, visto que estamos desesperados para saber se alguém irá resistir A longa marcha. 




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