Resenha: Corações feridos



Autora: Louisa Reid
Editora: Novo Conceito
Número de páginas: 256
Ano: 2013
Avaliação☆☆☆☆


Sinopse: Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas, mas muito diferentes. Enquanto Hephzi é linda e voluntariosa, Reb sofre da Síndrome de Treacher Collins — que deformou enormemente seu rosto — e é mais cuidadosa. Apesar de suas diferenças, as garotas são como quaisquer irmãs: implicam uma com a outra, mas se amam e se defendem. E também guardam um segredo terrível como só irmãos conseguem guardar. Um segredo que esconde o que acontece quando seu pai, um religioso fanático, tranca a porta de casa. No entanto, quando a ousada Hephzibah começa a vislumbrar a possibilidade de escapar da opressão em que vive, os segredos que rondam sua família cobram-lhe um preço alto: seu trágico fim. E só Rebecca, que esteve o tempo todo ao lado da irmã, sabe a verdadeira causa de sua morte... Hephzi sonhara escapar, mas falhara. Será que Rebecca poderia encontrar, finalmente, a liberdade?

Esse livro me deixou um pouco perturbada, e pensativa. Afinal o que leva pais, biológicos ou não, a tratarem seus filhos assim?
Nossa história começa com duas irmãs gêmeas (Rebecca e Hephzi). As duas são criadas em casa até certa idade e depois de muita birra de Hephzi as duas vão frequentar a escola. Mas o que fazer quando se é criado por pais fanáticos pela religião ???

As duas não sabem se comportar no “mundo lá fora” e acabam passando por pequenas situações na escola aonde se sentem diferentes, excluídas e tentam passar como adolescentes normais (pelo menos Hephzi quer ser normal).
As duas vivem uma vida miserável, entre surras, um pai que além de ser um sacerdote na igreja é alcoólatra e vive para humilha-las. Tudo é muito difícil e sempre precisam ficar limpando a casa paroquial, e vivendo uma mentira perante tudo e todos.

Hephzi é a gêmea bonita, alegre, a filha que ele sente “quase orgulho”, que ele tenta não bater muito, a filha que ele humilha menos. Já Rebecca é a gêmea deformada que nasceu com uma síndrome que deforma e dificulta sua vida, o que é claro para seus pais é obra do demônio.
Fiquei me sentindo mal o livro todo, às vezes me sentia muito chocada com tudo, pois a descarga de sentimentos é muito grande. O livro é intercalado em cada capitulo por um relato antes e depois da morte de Hephzi, que por sinal é um verdadeiro mistério de como aconteceu.

É incrível como as pessoas que convivem com as duas, os professores, os adolescentes, os poucos parentes... ninguém, absolutamente ninguém parece ficar atento ao que acontece a elas. E a única que se importava com tudo era a avó das meninas que veio a falecer, infelizmente quando elas eram mais novas.

Vamos seguindo a trajetória das duas no decorrer do livro e a trama que vem cheia de segredos sujos vai se desenrolando. E apesar de achar o final não tão satisfatório eu tentei engolir.
Achei que muita coisa merecia um desenrolar descente, mas as coisas se desenrolaram de um jeito aceitável.

Essa foi a primeira vez que li algo da autora e gostei muito, só tenho uma reclamação a fazer: meu exemplar veio com as primeiras folhas com um defeito! Vieram todas com o canto superior direito unidas por um pedaço grande de papel, como se não houvessem cortado direito na hora de finalizar o trabalho. Por isso tive de cortar e ficou horrível, mas posso superar isso.

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