Resenha: Trono de Vidro

 

Autora: Sarah J. Maas

Editora: Galera Record

Número de Páginas: 392

Ano: 2013

Avaliação: ☆☆☆☆☆

Sinopse: Conheça a assassina. Seu destino é vencer. Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, um jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.

Celaena é a assassina mais famosa do reino de Adarlan, mas atualmente está aprisionada nas Minas de Sal de Endovier. Com apenas 18 anos, Celaena é uma personagem forte que vive presa juntamente com outros escravos, mas quando o príncipe de Adarlan lhe oferece uma oportunidade de sair dali ela prontamente aceita a tarefa. 
A assassina de Adarlan precisa ganhar um campeonato e torna-se a assassina do rei, se ela ganhar o torneio trabalhará para o rei por alguns anos e depois disso terá finalmente sua liberdade. 

Ao tornar-se a assassina do rei ela não irá questioná-lo, cumprirá as ordens que ele lhe der, matará quem ele quiser e vamos ser sinceros, matar não é um problema para Celaena, ela foi treinada para isso desde criança, mas matar para um homem que escravizou seu povo, que baniu todo o tipo de magia .. bom, isso lhe causa um pouco de repulsa, mas Celaena está disposta a fazer sacrifícios para ser livre.

Vamos acompanhando os treinamentos de Celaena, depois de passar muito tempo nas minas ela está fora de forma, ela ainda consegue matar como ninguém, mas seu corpo está fraco e machucado, ela está magra (quase esquelética) e sua aparência não é das melhores, mas isso mudará com o tempo.
A medida que vamos lendo vemos um príncipe que é diferente do tirano que é seu pai, uma assassina que esconde um passado marcado por morte e sofrimento, mas que nunca deixou de sonhar, e um capitão que esconde seus verdadeiros sentimentos, mas que faria de tudo para proteger o príncipe herdeiro Dorian. 

Mas, existe um grande problema com o torneio, os campeões estão sendo encontrados dilacerados a cada dia que passa, ninguém sabe quem está cometendo os assassinatos e a cada dia essa ameaça começa a ficar mais perto da assassina. 
Celaena começa a descobrir que existe um mal vivendo no palácio, um mal antigo e muito poderoso e que ela precisa deter, mas como ela fará isso quando os guardas vivem ao seu lado, ela não anda sem escolta para nenhum lugar, pois o capitão tem medo que ela assassine alguém.

Com um desenvolvimento relativamente lento, vamos acompanhando a história de Celaena Sardothien e apesar de ter amado muito a história, em determinadas partes eu gostaria que fosse mais rápido. Foi lento demais e isso me incomodou um pouco, creio que algumas cenas poderiam ter sido mais breves e isso aceleraria mais a trama.
Apesar de ser uma história focada em fantasia, temos um sutil triângulo amoroso sendo apresentado, mas não sei se ele irá para frente no futuro, creio que muita coisa irá mudar com o passar do tempo. Então para quem não gosta de triângulos amoroso, estejam avisados. 

Uma grande surpresa para mim foi a amizade de Celaena e Nehemia; a princesa  Nehemia é de um reino vizinho que está sendo subjugado pelo Rei de Adarlan, mas eles estão tentando fazer isso sem derramar sangue, por isso Nehemia foi convidada para passar um tempo no castelo para aprender o novo idioma e os costumes de Adarlan. Talvez isso aplaque a ira dos rebeldes do povo de Nehemia e um massacre não seja necessário. 
Nehemia é um pouco teimosa e cabeça dura como Celaena, por isso a vemos quebrar algumas regras de forma sútil, mas nada que ponha seu povo em risco. 

Gostei muito de como a autora começou a introduzir o universo de TOG, apesar do ritmo lento. Temos magia, segredos obscuros, ciúmes, batalhas sendo travadas e até mesmo féericos (esse último me surpreendeu). 
Os personagens são envolventes, divertidos e alguns deles não são o que parecem, por isso o leitor precisa ficar esperto. Confesso que boa parte da trama eu adivinhei enquanto lia, e apesar de não ficar surpresa com várias coisas, eu gostei muito da leitura. 

"Havia bondade nas pessoas, lá no fundo, sempre havia um fiapo de bondade. Tinha de haver."
"Há pessoas que precisam tanto ser salvas por você quanto você precisava ser salva."
“Todos carregamos cicatrizes, Dorian. As minhas são apenas mais visíveis que as da maioria.”


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