Resenha: A Escola do Bem e do Mal



Autor: Soman Chainani 

Editora: Gutenberg

Número de Páginas: 352

Ano: 2014

Avaliação:  ☆☆☆☆☆

Sinopse: No povoado de Gavaldon, a cada quatro anos, dois adolescentes somem misteriosamente há mais de dois séculos. Os pais trancam e protegem seus filhos, apavorados com o possível sequestro, que acontece segundo uma antiga lenda: os jovens desaparecidos são levados para a Escola do Bem e do Mal, onde estudam para se tornar os heróis e os vilões das histórias.
Sophie torce para ser uma das escolhidas e admitida na Escola do Bem. Com seu vestido cor-de-rosa e sapatos de cristal, ela sonha em se tornar uma princesa. Sua melhor amiga, Agatha, porém, não se conforma como uma cidade inteira pode acreditar em tanta baboseira. Ela é o oposto da amiga, que, mesmo assim, é a única que a entende. O destino, no entanto, prega uma peça nas duas, que iniciam uma aventura que dará pistas sobre quem elas realmente são.

A cada quatro anos dois adolescentes costumam sumir no povoado de Galvadon há mais de dois séculos, apesar das tentativas de proteger os filhos, duas crianças sempre somem quando é chegado a hora (uma boa e uma má). Os moradores acabam descobrindo que os adolescentes são levados para as escolas do bem e do mal, onde aprenderão a serem vilões ou heróis dos contos de fadas.
Apesar de várias pessoas estarem assustadas com o período do rapto, uma garota em especial está eufórica - Sophie. 

Sophie acredita que nasceu para ser uma princesa de contos de fadas, ela se esforça para ser boa e fazer boas ações, ela até mesmo é amiga da garota esquisita que mora no cemitério (Agatha), mas quando a noite chega e Agatha tenta impedir que Sophie seja raptada, algo terrível acontece! As duas garotas são levadas do povoado pela figura misteriosa e como se não bastasse isso, Sophie não é colocada na escola do bem como imaginou e sim na escola do mal. 

Vamos acompanhando o desespero de Agatha para ir embora do local e de Sophie para provar que pertence ao lado bom, a medida que a história vai correndo os personagens aprendem um pouco mais sobre si e algumas verdades começam a assustar .. e se Sophie for mesmo uma vilã? Agatha é uma boa amiga e se esforça muito para tirar as duas daquele lugar, Agatha não tem uma aparência de princesa e passa boa parte do livro se questionando se não deveria ser mesmo uma vilã. 

As duas personagens principais tem muitas camadas e passam uns oitenta por cento da história questionando muitas coisas, mas elas não entendem que o que conta de verdade não é a aparência e sim o que você tem dentro de você, como você é de verdade. O livro questiona muito o lado superficial e como a sua aparência afeta as pessoas ao seu redor. 
Foi uma boa leitura, a história tem um bom background e tem vários desdobramentos.

O livro é focado nas duas personagens e apesar de ter muita coisa contada sobre esse universo, sinto que faltou mais detalhes. 
Me incomodou um pouco a demora das personagens descobrirem se estavam ou não no lugar certo e também não consegui sentir nada que não fosse ódio por Sophie. Ela é muito insuportável e tem uma personalidade extremamente fútil. 
O autor tem uma grande quebra de ritmo na leitura, em uma hora está frenético e em outro momento ele desacelera demais, é bastante descritivo e isso atrapalha algumas vezes. 

Foi uma leitura muita boa, passei raiva em vários momentos, mas sempre tento dar um desconto quando os personagens são adolescentes. 
Não é uma fantasia muito profunda, mas cumpre bem o seu papel e os pequenos detalhes fazem toda a diferença na trama.
Aguardo ansiosa pelo próximo livro e espero que a trama aprofunde mais no universo que o autor criou. 
Durante a leitura o leitor é agraciado com diversas ilustrações que deixam tudo mais envolvente, amei os detalhes da capa e gostei mais dessa do que da capa anterior onde as garotas não apareciam. 


“Esse é o problema com contos de fadas. De longe eles parecem perfeitos. Mas, de perto, são tão complicados quanto a vida real.”

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