Resenha: Morra por mim - Killing Eve

 

Autor: Luke Jennings

Editora: Suma

Número de Páginas: 216

Ano: 2022

Avaliação:  ☆☆☆

Sinopse: Morra por mim é uma história mordaz sobre amor e obsessão - conforme a ação se aproxima de seu desfecho avassalador, Eve e Villanelle terão que aprender a confiar uma na outra antes que suas diferenças as destruam.
A perseguição entre as duas adversárias letais aparentemente acabou. No entanto, os sentimentos que se desenvolveram entre Eve e Villanelle - tão sofisticados quanto mortais - estão longe de terminar.
Neste romance que encerra a trilogia, Villanelle busca enfrentar os demônios de sua infância e o inverno russo, e Eve se vê fugindo dos Doze, que a querem morta a qualquer custo. Em meio a uma história que vai de Londres a São Petersburgo, Eve e Villanelle, enfim, admitem sua mútua obsessão erótica, num jogo perigoso que se aproxima de uma conclusão letal.
Com uma narrativa elegante e precisa, Morra por mim é um desfecho brutal e frenético para a série de Luke Jennings.
📌 Contém spoiler do livro anterior

Nesse último volume da trilogia vamos acompanhar o que aconteceu com Eve e Villanelle logo após os acontecimentos do segundo volume. Eve precisou forjar a sua morte e largou sua antiga vida para trás a fim de ficar com Villanelle, a perseguição entre as duas acabou, mas a organização secreta para qual Villanelle trabalhou por tanto tempo ainda pode estar atrás delas.
Eve entregou seu destino nas mãos de Villanelle, mas em diversos momentos ela questiona o que exatamente Villanelle sente por ela e se ela é mesmo confiável. O que quer que Villanelle sinta por Eve é suficiente para mantê-las juntas? 

Eve é muito mais sensível e emotiva em algumas situações, enquanto Villanelle como uma psicopata é uma enorme caixinha de surpresas e segue sendo instável e manipuladora, fazendo o que quer de forma fria e calculada. O relacionamento das duas tem aquele tom sexual e perigoso, em muitos momentos Villanelle é agressiva e desdenhosa com Eve, fazendo a mulher ficar por um fio e questionar toda aquela situação. Em um momento Eve estava vivendo sua vida monótona com seu marido e em outro está fugindo de uma organização secreta enquanto planeja um assassinato. 

Eve e Villanelle precisam fugir e acabam encontrando uma amiga antiga da assassina no caminho, por motivos óbvios e de honra, a amiga de Villanelle será obrigada a ajudá-la nesse momento, mas não sem cobrar nada em troca. As duas namoradas fazem o que é preciso, mas ao tentar fugir com os passaportes falsos acabam sendo pegas e irão ter que fazer o que for necessário para sobreviver mais uma vez. 

Em vários momentos os acontecimentos vão se desenrolando de forma frenética e em outros a história vai suavizando. Pequenas reviravoltas acontecem durante a leitura e o final é de certa forma satisfatório, mas nada de muito surpreendente. 
O autor conseguiu amarrar bem as pontas da trama na medida do possível, mas não temos nenhum aprofundamento significativo acerca dos doze e vou ver sincera: esse livro foi bem difícil de engolir! O livro está sendo contato pelo ponto de vista de Eve e isso quebrou completamente o tom dos livros anteriores, nem parece que esse livro foi escrito pelo mesmo autor.

Antes eu achava o relacionamento das duas instigante e interessante, nesse volume passou a ser insuportável demais. Outra coisa que me incomodou foi o autor ter colocado um personagem não binário sem mais nem menos e depois ficar solto lá sem qualquer desenvolvimento decente, parece que serviu apenas para cumprir algum tipo de cota e nada mais. 
Eu entendo quando dizem que o segundo livro é o melhor da trilogia, ele realmente é; se a história tivesse parado ali e ficassem em aberto seria bem melhor do que ter terminado desse jeito. 

Gosto muito da capa desse livro, segue o mesmo estilo que as anteriores e visualmente falando é uma trilogia bem bonita para se ter na estante, mas que tem um final bastante fraco.
No mais leia a trilogia e tire suas próprias conclusões. 



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