Resenha: Recordações da minha inexistência

 

Autora: Rebecca Solnit

Editora: Companhia das Letras

Número de Páginas: 264

Ano: 2021

Avaliação:  ☆☆☆

Sinopse: Neste livro de memórias, a autora de Os homens explicam tudo para mim e A mãe de todas as perguntas narra sua formação como escritora e feminista ― e de que modo conquistou voz em uma sociedade que prefere silenciar as mulheres.
“Ser uma jovem mulher significa enfrentar a sua própria aniquilação de maneiras inumeráveis”, escreve Rebecca Solnit nas primeiras páginas deste volume. A partir dessa constatação, a autora de A mãe de todas as perguntas reconstitui sua formação na Califórnia da era do punk e da pós-contracultura, rememorando desde o assédio e a violência que sofria na vida cotidiana e nos círculos intelectuais até as forças que a libertaram e a incentivaram a batalhar por mudanças. Narrado com a perspicácia que fez de Solnit uma das mais brilhantes escritoras de não ficção da atualidade, este livro é um testemunho dos avanços do movimento feminista nas últimas décadas e da luta contra as opressões ― silenciosas e escancaradas ― a que as mulheres estão sujeitas todos os dias.
“Uma das mulheres mais inteligentes que eu conheço.” ― Emma Watson

Nesse livro iremos encontrar a biografia da autora e filósofa feminista Rebecca Solnit, o leitor irá acompanhar a vida da autora, sua carreira/formação, sua luta pelos direitos indígenas, preservação do meio ambiente e demais assuntos. 

Com uma escrita bem mais pessoal e intimista, a autora vem abordando várias coisas e uma delas é o modo com ela tornou-se especialista em desaparecer em sua juventude. 
Para que ela pudesse se proteger de todos os assédios/agressões, Rebeca tentava ser o mais invisível possível, afinal quando se é mulher só o fato de você existir já te coloca um alvo nas costas. 

Rebeca cita também como é revoltante a forma como muitas vezes as mulheres são retratadas na literatura, ela comenta sobre a ditadura da beleza e em como as mulheres lidam constantemente como a pressão em viver com base no que os homens esperam/desejam de nós. 
A autora cita também várias situações em que precisou lidar com a descrença das pessoas, principalmente quando o assunto envolvia seu intelecto. 
Apesar dos temas abordados serem do meu interesse eu não consegui me conectar com  leitura, senti que a autora estava enfeitando demais o texto ao invés de ser mais direta. 

Eu não estava com tantas expectativas quando comecei a leitura e me mantive igual quando terminei o livro, não me entenda mal eu sei que a autora é muito importante quando o assunto é feminismo, mas o livro tem aquele gostinho de "feminismo branco/ liberal" que me incomoda um pouco. 
No mais foi uma leitura que cumpriu o seu papel na medida do possível, mas que para mim faltou algo.



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