Resenha: Árvore Inexplicável

 

Autora: Carol Chiovatto 

Editora: Suma 

Número de Páginas: 328

Ano: 2022

Avaliação:  ☆☆☆

Sinopse: Diana está terminando o curso de história na USP e mal vê a hora de deixar para trás a rotina cansativa entre Guarulhos, a cidade onde mora, e São Paulo, onde estuda, trabalha e encontra os amigos.
Desde jovem, a universitária testemunha fenômenos peculiares que só ela enxerga: breves aparições de uma névoa colorida, próximas a determinadas árvores. Certa noite, diante do quiosque de salgados da faculdade, ela vê uma ocorrência e percebe que não foi a única a presenciar o estranho fenômeno.
Quando seus amigos mais próximos revelam segredos que jamais poderia imaginar, Diana descobre que suas visões fazem parte de um ecossistema complexo, alvo de conspirações e jogos de interesse. Agora, ela terá de lutar para proteger espécies ameaçadas – e garantir a segurança daqueles que ama.

Diana está terminando seu curso de história e não vê a hora de deixar sua rotina cansativa de lado, desde muito nova sempre testemunhou fenômenos peculiares perto de determinadas árvores, uma névoa colorida que surge por alguns momentos e nunca conseguiu conversar sério com ninguém sobre isso sem parecer louca. Diana chama essa situação de ocorrências e um dia ela vê uma ocorrência e percebe que outra pessoa também viu, mas quando ela conversa com Miguel descobre que talvez ele não tenha visto nada. 

A trama desse livro se passa durante a pandemia do coronavírus, o livro é repleto de criticas a situação do país e da crise sanitária que vivemos nesse período. 
O que começa com um pequeno mistério envolvendo uma névoa brilhante, acaba virando uma grande rede de mentiras e segredos que vai crescendo aos poucos.
O livro é dividido em três partes e a narrativa vai se tornando mais complexa a cada página, mas tenho que ser sincera ... esse livro não funcionou para mim. 

A autora aborda muitos temas importantes, como as questões ambientais, xenofobia, violência doméstica, preconceito racial e religião. 
Diana vem de uma família nada estruturada, ela é um personagem real que passa por dificuldades do dia a dia, é aquele tipo de personagem que a grande maioria vai se identificar, mas que eu não consegui me apegar.
Veja bem, a história não é ruim, é uma boa trama, mas talvez a Diana narrando a história tenha me atrapalhado um pouco. 

A história tem uma quebra de ritmo da parte um para a dois, a parte um termina sem qualquer explicação o que me deixou um pouco frustrada (mas, óbvio que nesse momento ainda não é a hora das respostas). Na parte três o leitor tem uma trama mais adulta, ameaças de mortes, cenas violentas e vários segredos sendo revelados. 

O livro tem várias situações interessantes, personagens com representatividade e tem reviravoltas instigantes, mas achei os vilões um pouco amadores e alguns pontos confusos.
A autora fez um trabalho incrível com a fantasia urbana, construiu muito bem o mundo que criou, mas não funcionou para mim. Não me apeguei aos personagens e muito menos a história, mas os capítulos curtos me fizeram ler a trama rápido e com certeza pretendo ler outros livros da autora no futuro. 
O livro possuí uma capa linda e a diagramação é igualmente bonita, apesar de não ter gostado da leitura acredito que todo mundo deve conhecer a escrita da Carol e dar uma chance para essa fantasia.



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