Resenha: Uma Família Quase Perfeita

 

Autor: M. T. Edvardsson 

Editora: Suma

Número de Páginas: 376

Ano: 2021

Avaliação:  ☆☆☆

Sinopse: Um thriller psicológico impressionante, que questiona o que uma família seria capaz de fazer para proteger seus membros e se a verdade é mais importante do que as aparências.
Uma adolescente é acusada de assassinar brutalmente um homem muito mais velho. O crime de Stella, filha de um casal adorado pela comunidade, beira o inacreditável. Só pode ser um terrível engano. Certo?
Adam é um pastor na igreja local, marido e pai devoto. Seu maior pesadelo começa quando Stella é presa pela polícia. Verdade e decência sempre foram seus princípios básicos, mas quando o futuro de sua filha está em jogo e as pressões sobre sua família aumentam, ele mostra que também tem um lado sombrio.
Presa em uma cela vazia, Stella começa a ver sua família e o mundo sob novas perspectivas. Ela teve um relacionamento com o homem assassinado, e esse não é o único segredo que está escondendo dos pais. Através de seu ponto de vista, descobrimos que seu dedicado pai é um homem controlador, e que seu maior interesse talvez não seja salvar a filha, e sim as aparências.
Já a mãe, Ulrika, é uma advogada de defesa, e pelos olhos dela acompanhamos o julgamento de Stella e o plano intrincado posto em jogo para protegê-la. Mas as apostas mais altas têm as quedas mais perigosas, e talvez Ulrika esteja sendo ambiciosa demais…
Uma narrativa construída de forma excepcional, Uma família quase perfeita faz as perguntas mais difíceis: quão bem você conhece seus filhos? Até onde iria para proteger quem você ama?

Nesse livro o leitor é apresentado para uma família sueca quase perfeita, a filha única da família foi acusada de um crime brutal e com uma história dividida em três partes vamos acompanhando esse thriller psicológico que brinca com o leitor. Afinal Stella cometeu ou não assassinato?
A primeira parte é narrada pelo pai da garota, um pastor da igreja local; a segunda é narrada por Stella que já está encarcerada e a última parte é narrada pela mãe da garota, que é uma advogada de sucesso e está defendendo a filha. 

Adam é um pastor que teve toda a sua vida guiada por seus princípios rígidos, ele não consegue aceitar que sua filha cometeu o crime e a medida que acompanhamos a leitura percebemos que ninguém neste livro é completamente mal, de alguma forma todos tem sua parcela de culpa nas situações. 
Na segunda parte narrada por Stella vamos acompanhando o desenrolar da situação, mas ainda não sabemos de tudo e percebemos o quanto ela é um ser humano ruim (para não usar uma palavra pesada). Infelizmente o autor não explica nada sobre a personalidade de Stella e não sabemos se ela tem algum desvio de conduta, teve algum trauma que a deixou assim, simplesmente o leitor só vê o quanto ela é nojenta e nada mais. 

Na terceira e última parte vemos sua mãe Ulrika reconhecendo que Stella poderia ser diferente e que tem alguns problemas, mas isso não importa porque ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar a filha do pior. Apesar de gostar desse sistema de narração para o leitor ir construindo um quebra-cabeça e montando a trama, esse livro tem alguns pontos muito ruins e um deles é: os personagens são chatos/insuportáveis.

Stella é muito mal educada, grosseira e mimada, o pai não entende que sua filha não é a pessoa perfeitinha que ele acredita ser e a mãe é o ser mais ou menos "pé no chão" dessa história, mas eles realmente não se importam muito se ela matou pessoas com requintes de crueldade ou não, eles só querem que ela esteja livre.
A história é bem maçante em alguns momentos e está mais para um drama de família do que um thriller psicológico. Percebemos o quanto que os pais da garota são omissos e só estão se importando agora que ela foi acusada. 
No mais não encontrei erros enquanto li e fiquei bem decepcionada, pois estava com altas expectativas nessa leitura. 

- Lembre-se de ler e tirar suas próprias conclusões, não funcionou para mim, mas pode muito bem funcionar para você. 


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