Resenha: O mal que nos habita


Autoras: Gwen Adshead e Eileen Horne | Editora: Companhia das Letras | Número de Páginas: 392 | Ano: 2023

Tradutor: Pedro Maia Soares 

Nota: ☆☆☆☆

Gwen é uma psiquiatra e psicoterapeuta forense e acumula mais de três décadas de experiência em hospitais de custódia e presídios. Nesse livro iremos acompanhar atendimentos voltados para a reabilitação de criminosos que cometeram crimes que vão além da nossa compreensão, vemos uma profissional fazendo atendimentos sem julgamentos e ao longo da leitura a psiquiatra vai descrevendo vários casos.

Quando se pensa em reabilitação geralmente não se pensa em criminosos que cometeram atos terríveis, atos monstruosos que faria qualquer um vomitar, pois não conseguimos imaginar essas pessoas inseridas novamente em sociedade! Então nesse livro as autoras tentam desmistificar várias coisas e mostram que muitas vezes essas pessoas que cometeram crimes também passaram por traumas, mas óbvio que nada justifica a violência que fizeram.

Gostei muito da leitura, a autora narra seu trabalho de forma tranquila e bem explicada. Por muitas vezes me vi em choque com o conteúdo das histórias, que acompanha desde abuso infantil até assassinatos brutais. Gwen trata seus pacientes como seres humanos apesar das atrocidades que cometeram e ficamos com a reflexão de que: se a saúde mental fosse devidamente tratada, será que esse tipo de atrocidade diminuiria?

Esse é um tema muito importante para ser debatido, afinal todos merecem ajuda/atendimento médico, principalmente devido à complexidade da mente humana. Foi uma leitura bem fluída e envolvente mesmo com os temas pesados, é de fácil entendimento e levanta ótimas reflexões a medida que vamos lendo.
Talvez seja uma leitura difícil para algumas pessoas, mas é algo bem interessante e envolvente, se você se interessa por esse tipo de leitura (apesar do conteúdo pesado), com certeza vai gostar dessa!!


Sinopse: O que leva uma pessoa a cometer um ato de violência? Em O mal que nos habita, a psiquiatra e psicoterapeuta forense Gwen Adshead, que acumula mais de três décadas de experiência atendendo em hospitais de custódia e presídios, une-se à escritora Eileen Horne para oferecer uma perspectiva original sobre a mente humana a partir de onze casos reais.
São retratos que revelam toda a nossa profundidade e complexidade ― e a aptidão de uma profissional em lidar com temas que permanecem tabus. Ao acompanharmos os processos terapêuticos ― cujos desfechos vão da esperança ao desespero e da negação à reabilitação ―, entendemos o que a crueldade significa para cada um desses personagens. Conforme a dra. Adshead destrincha traumas e motivações, fica evidente como a autopercepção dessas pessoas pode mudar quando elas passam a ser vistas além dos rótulos de “maléficas” ou “diabólicas” e conseguem conhecer melhor sua mente e assumir a responsabilidade por seus atos.

1 comment

  1. Amigaaa,
    Que livro interessante!!
    É um tema muito importante e que deve ser debatido né.. até porque muito desses serial killers ficam assim vem muito da criação deles, abuso. Acredito eu!

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